quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ramadã, Ramadão, Ramadan ou Ramadhan...

Chegou aqui em casa um jornalzinho de propaganda que na capa tinha escrito: “Às portas do Ramadã”... E aí a curiosidade bateu. Sabia que era uma festa muçulmana, onde eles fazem o jejum, mas não sabia mais que isso. Fui pesquisar e resolvi trazer informações pra cá.

O que é?! É um feriado não fixo, que se movimenta de acordo com o
calendário Islâmico (baseado nas fases da lua), mas está sempre no nono mês dele, e é nesse mês (inteiro) que eles jejuam. Mas calma... não é que eles deixem de comer durante o mês inteiro, mas têm os horários certos no dia pra isso.

É nesse tempo que eles param um pouco de pensar em coisas corriqueiras, só pensam em adorar e contemplar. É um período sagrado para eles, e de reflexão. Sentem-se mais próximos de Deus (Alá).

O jejum na verdade é uma forma de caridade e compaixão para eles, assim como gratidão pelo que possuem, Niyyah = intenção. “Deixam de comer” para experimentar a fome dos que não têm o que comer.

A celebração: As restrições são muitas e rígidas. Uma coisa interessante é que em muitos lugares do mundo os restaurantes deles fecham durante o período do acontecimento.

Todos se acordam cedo (antes do sol nascer) e fazem a primeira refeição, o Sohour, passam o dia em “jejum” e quando o sol se põe ele é quebrado. Fazem uma oração e jantam, essa refeição chama-se Iftar. No jantar eles comem e bebem coisas mais doces, que é para obterem a energia que não ingeriram durante todo o dia. Nesses 2 momentos, eles podem comer livremente (e devem comer bastante, né?! Rsrsrsr), mas não podem comer ou beber nada durante as horas que têm a luz do dia. Fumar e relacionar-se sexualmente também são proibidos. O jejum é retomado no outro dia, depois do Sohour... e a rotina acontece durante um mês.

Com isso eles praticam o autocontrole, acreditam que limpam o corpo e o espírito.

Segundo a história conta, nesse
mês (nono), “Alá entrou em contato com o profeta Maomé e lhe deu versos do livro sagrado, o Alcorão”.

Sempre ao final desse mês, antes de quebrarem o jejum eles dizem takbeer, que é uma frase que contempla Alá, dizendo que não há nada melhor ou maior do que Ele.

Ao final do Ramadã (ou no fim de alguma tarefa considerada importante para eles), antes da quebra do jejum, os muçulmanos dizem takbeer (homens falam o mais alto que puderem e as mulheres em pensamentos). O takbeer é uma frase que indica que não há nada no mundo que seja maior ou melhor do que Alá. O takbeer é sempre falado quando um muçulmano completa uma tarefa importante, como o término do jejum de Ramadã.

A quebra do jejum termina com uma festa chamada Eid Al-Fitr. Tudo muito decorado e iluminado.

Benefícios do Ramadã:
  • Fortalece o vínculo da pessoa com Alá e educa a alma a observar as obrigações de devoção de acordo com os ensinamentos do Alcorão;
  • Impõe paciência e determinação;
  • Desenvolve o princípio da sinceridade, afastando o ser individual da arrogância e da vaidade;
  • Desenvolve o bom caráter, em especial a honestidade e a confiança;
  • Encoraja o indivíduo a deixar os maus hábitos e mudar suas circunstâncias para melhor;
  • Intensifica a generosidade, a hospitalidade e o dom da caridade;
  • Reforça os sentimentos de unidade e irmandade entre os muçulmanos;
  • Suscita ordem e cumprimento rigoroso dos valores do período;
  • Serve como uma oportunidade para as crianças executarem a obediência e praticarem leis islâmicas de adoração;
  • Oferece a chance de equilibrar a atenção da pessoa tanto para as necessidades físicas como para as espirituais.

Fiz um "breve" histórico sobre o Ramadã, é muita coisa... Passaria o dia inteiro escrevendo sobre as tradições muçulmanas, mas o objetivo era falar um pouco de Ramadã, já que está na época dele e eu tive a curiosidade de ler sobre... Mais informações, aqui... e um pouco mais aqui. :o)

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